Equidade na auditoria pública: Abordagem interseccional
Palabras clave:
Auditoria governamental; interseccionalidade; equidade; políticas públicas; controle interno., auditoria governamental, interseccionalidade, equidade, políticas públicas, controle internoResumen
Este relato apresenta o desenvolvimento do produto técnico-tecnológico “Equidade na auditoria pública: utilizando lentes interseccionais”, elaborado com o objetivo de apoiar a Controladoria-Geral da União (CGU) na incorporação de lentes interseccionais ao planejamento e à execução de auditorias relacionadas às ações do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. A proposta surge do reconhecimento de que desigualdades estruturais relacionadas, por exemplo, a gênero, raça e território ainda não são sistematicamente consideradas nos processos de controle. A pesquisa adotou abordagem qualitativa e aplicada, combinando revisão sistemática de literatura, realização de grupos focais com auditores da CGU e o desenvolvimento de um referencial metodológico. O produto resultante oferece diretrizes práticas, perguntas orientadoras e elementos técnicos compatíveis com o Manual de Orientações Técnicas (MOT) da CGU, com vistas a promover auditorias mais sensíveis às desigualdades e alinhadas aos princípios da equidade. O trabalho contribui para a inovação metodológica no campo da auditoria governamental, com potencial de reaplicação em diferentes contextos e instituições.
Referencias
BRASIL. Controladoria-Geral da União. Instrução Normativa n.º 3, de 9 de junho de 2017. Aprova o Referencial Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal. Brasília, DF, 2017a. Disponível em: https://repositorio.cgu.gov.br/bitstream/1/33409/19/Instrucao_Normativa_CGU_3_2017.pdf. Acesso em: 04 de maio de 2025.
BRASIL. Controladoria-Geral da União. Manual de orientações técnicas. Brasília, DF, 2017b.
BRASIL. Presidência da República. Mensagem Presidencial PPA 2024–2027. Brasília, DF, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/planejamento/pt-br/assuntos/planejamento/plano-plurianual/copy_of_arquivos/mensagem-presidencial-ppa-2024-2027/2_mensagem_presidencial_web-1-1.pdf. Acesso em: 04 de maio de 2025.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Estratégia de controle de equidade em políticas públicas. Brasília: TCU, 2024. Disponível em: https://share.google/zHTYFPsj60f4Xa7hH. Acesso em: 25 de maio de 2025.
BRONZO, C. Complexidade, pensamento sistêmico e intersetorialidade: aproximações teóricas. Campo de Públicas: Conexões e Experiências, v. 2, n. 1, 2023.
COLLINS, P. H.; BILGE, S. Interseccionalidade. Tradução de Rane Souza. Texto de orelha de Winnie Bueno. Capa de Flávia Bomfim. São Paulo: Ubu Editora, 2021. 288 p. ISBN 9786557170519.
DAG HAMMARSKJÖLD FOUNDATION. Intersectionality: experiences, views and visions for change. Development Dialogue, n. 65, Uppsala: Dag Hammarskjöld Foundation, 2023. Disponível em: https://www.daghammarskjold.se/publication/intersectionality-experiences-views-and-visions-for-change/. Acesso em: 07 de junho de 2025.
EQUITABLE EVALUATION INITIATIVE - EEI. The Equitable Evaluation Framework. Equitable Evaluation Initiative, 2023. Disponível em: https://www.equitableeval.org/_files/ugd/21786c_aab47695b0d2476d8de5d32f19bd6df9.pdf. Acesso em: 25 de junho de 2025.
FILGUEIRAS, F. Burocracias do controle, controle da burocracia e accountability no Brasil. In: PIRES, R.; LOTTA, G.; OLIVEIRA, V. E. de. Burocracia e políticas públicas no Brasil: interseções analíticas. Brasília, 2018. Cap. 14, p. 355-382. Disponível em: https://repositorio.enap.gov.br/handle/1/3233. Acesso em: 28 de junho de 2025.
HANKIVSKY, O.; CORMIER, R. Intersectionality and public policy: some lessons from existing models. Political Research Quarterly, v. 64, n. 1, p. 217–229, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1065912910376385. Acesso em: 07 de junho de 2025.
INTOSAI. ISSAI 300 – Princípios de Auditoria Operacional. International Organization of Supreme Audit Institutions, 2019. Disponível em: https://www.issai.org/pronouncements/issai-300-performance-audit-principles/. Acesso em: 07 de junho de 2025.
INTOSAI. ISSAI 3000: Normas para auditoria operacional baseada nos princípios fundamentais da auditoria do setor público. Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores, 2019. Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/data/files/54/04/AD/3A/C1DEF610F5680BF6F18818A8/ISSAI_3000_norma_auditoria_operacional.pdf. Acesso em: 11 de abril de 2025.
INTOSAI. ISSAI 3100: Diretrizes sobre os conceitos fundamentais da auditoria operacional. Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores, 2019. Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/data/files/85/04/3F/3A/C1DEF610F5680BF6F18818A8/ISSAI_3100_orientacoes_conceitos_centrais_auditoria_operacional.pdf. Acesso em: 11 de abril de 2025.
INTOSAI. ISSAI 3200: Diretrizes sobre o processo de auditoria operacional. Organização Internacional das Entidades Fiscalizadoras Superiores, 2019. Disponível em: https://www.tce.ba.gov.br/images/Controle_Externo/ISSAI_3200.pdf. Acesso em: 11 de abril de 2025.
LA BARBERA, M. C.; ESPINOSA-FAJARDO, J.; CARAVANTES, P. Implementing intersectionality in public policies: key factors in the Madrid City Council, Spain. Politics & Gender, v. 19, p. 675–702, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1017/S1743923X22000241. Acesso em: 07 de junho de 2025.
MANUEL, T. Envisioning the possibilities for a good life: exploring the public policy implications of intersectionality theory. Journal of Women, Politics & Policy, v. 28, n. 3-4, p. 173–203, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1300/J501v28n03_08. Acesso em: 07 de junho de 2025.
NOCH, M. Y.; SONJAYA, Y. Leveraging governmental auditing for strategic decision-making and policy evaluation. Advances in Managerial Auditing Research, v. 2, n. 1, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.60079/amar.v2i1.286. Acesso em: 07 de junho de 2025.
MARCONDES, M. M.; SANDIM, T. L.; DINIZ, A. P. R.. Transversalidade e intersetorialidade: mapeamento do debate conceitual no cenário brasileiro. Administração Pública e Gestão Social, Viçosa, v. 10, n. 1, p. 22-33, jan./mar. 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.21118/apgs.v10i1.1527. Acesso em: 15 de maio de 2025.
OCDE. Applying Human Rights and Gender Equality Lens to the OECD Evaluation Criteria. Best Practices in Development Co-operation. Paris: OECD Publishing, 2023. DOI: 10.1787/9aaf2f98-en. Disponível em: https://www.oecd.org/en/publications/applying-a-human-rights-and-gender-equality-lens-to-the-oecd-evaluation-criteria_9aaf2f98-en.html. Acesso em: 25de junho de 2025.
RIBEIRO, J. H. P. R. Auditorias públicas com foco em equidade: utilizando lentes interseccionais. 2025. Dissertação (Mestrado em Governança e Inovação em Políticas Públicas) – Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas, Universidade de Brasília, Brasília, 2025.
UNWOMEN. UNWomen Evaluation Handbook: How to manage gender-responsive evaluation. [S.l.]: UNWomen, 2022. Disponível em: https://www.unwomen.org/sites/default/files/2022-05/UN-Women-Evaluation-Handbook-2022-en.pdf. Acesso em: 25 de junho de 2025.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Cadernos Tecnicos da CGU

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los Cadernos da CGU sigue a la Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY), que permite que los trabajos publicados se usen y compartan, siempre dando crédito a los autores y origen.
La presentación de la propuesta implica un compromiso de no enviarla a otra revista y autoriza, si se aprueba, su publicación.Destacamos algunos puntos esenciales y no exhaustivos relacionados:
- La presentación de la propuesta también implica que el (los) autor (es) está (n) de acuerdo con la publicación, sin resultar en remuneración, reembolso o compensación de ningún tipo.
- Los textos publicados son responsabilidad de los autores y no representan necesariamente la opinión de la revista.
- La responsabilidad por cualquier plagio es responsabilidad del (de los) autor (es).
- La persona responsable de la presentación declara, bajo las sanciones de la Ley, que la información sobre la autoría del trabajo es completa y correcta.