Corrupção e pensamento social brasileiro: abordagens e críticas a partir das interpretações de Sérgio Buarque de Holanda e Raymundo Faoro
DOI:
https://doi.org/10.36428/revistadacgu.v9i15.94Resumo
O enfrentamento da corrupção é um tema prioritário na agenda contemporânea. Um dos elementos desse cenário é denominado globalização que, ao intensificar como relações entre países e internacionalizar como práticas comerciais, intensifica também como interações entre indivíduos e práticas relacionadas a atos de corrupção comuns a transnacionais. No Brasil, como denúncias de corrupção dominada ou noticiária há algum tempo, em uma monotonia regular, mas, dado o modo de produção e difusão de notícias, nem sempre a abordagem traduz-se no debate público sobre causas, efeitos e possíveis causas para problemas . Nesse contexto, o presente artigo tem como objetivo compreender a corrupção na sociedade e no Estado brasileiro, por meio da análise das agendas de pesquisa sobre corrupção e da problematização de conceitos consagrados no pensamento social brasileiro vinculado à análise dessa temática. Para tanto, opte-se por um estudo bibliográfico de obras de Sérgio Buarque de Holanda e Raymundo Faoro, autores clássicos do pensamento social brasileiro. A partir desse estudo, entende-se que é limitado e entende-se socialmente o fenômeno de corrupção de idéias-força pessoal e patrimonial, como quais informações uma interpretação culturalista e uma avaliação valorativa do Estado e mercado como realidades pretensamente opostas. Como desdobramento, tem associação, opinião pública brasileira, corrupção ao Estado - funcionários públicos e políticos - sem visibilidade aos agentes do mundo privado, sejam indivíduos,
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