Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal: Mudanças e Agentes Políticos na Assembleia Nacional Constituinte de 1987

Autores

  • Beatriz Silva da Costa Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.36428/revistadacgu.v12i22.169

Resumo

A Assembleia Nacional Constituinte de 1987 marcou o começo da redemocratização no Brasil. As disputas por um projeto de país tomaram diferentes formas e temas. E o mesmo não foi diferente com o sistema de controle interno. A trajetória deste fenômeno data o início do século XX e adentra o século XXI. Muito popular na literatura da Administração Pública, muitos estudos foram publicados sobre o controle interno, mas majoritariamente com uma perspectiva da gestão pública ou da contabilidade. Este artigo analisa quais foram as mudanças institucionais no sistema de controle interno do Poder Executivo Federal Brasileiro entre a Constituição de 1967 e 1988. À luz da teoria de mudanças institucionais este artigo pretende contribuir com a literatura das Ciências Sociais e da Ciência Política sobre os tipos de mudanças ocorridas, os tipos de agentes políticos envolvidos em tais mudanças, bem como interpretar a influência do contexto político na época sobre os resultados promulgados com a Constituição Federal Brasileira de 1988.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Beatriz Silva da Costa, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil

    Bacharela em Ciências Sociais e Mestra em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais. É integrante do Centro de Estudos Legislativos e do PEX - Executives, Presidents and Cabinet Politics, ambos da Universidade Federal de Minas Gerais. Aceita para cursar doutorado em Política em 2021 na University of Virgínia, EUA.

Referências

ARANHA, Ana Luiza. A Rede Brasileira de Instituições de Accountability: Um Mapa do Enfrentamento da Corrupção na Esfera Local. 2015. 495 f. Tese (Doutorado em Ciência Política) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.

BRADY, Henry E.; COLLIER, David. 2004. Rethinking social inquiry: diverse tools, shared standards. New York. Rowman & Littlefield.

CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria e controle interno a administração pública: evolução do controle interno no Brasil: código de Contabilidade de 1922 até a criação da CGU em 2003: guia para a atuação das auditorias e organização dos controles internos nos Estados, municípios e ONGS. São Paulo: Atlas, 2008.

CUNHA, E.S.M.; ARAÚJO, C. E.L. Process tracing nas Ciências Sociais: fundamentos e aplicabilidade. Brasília: Enap, 2018.

DOWNS, Anthony. An Economic Theory of Democracy. New York: Harper, 1957.

ELSTER, Jon. The Market and the Forum: Three Varieties of Political Theory. In Foundations of Social Choice Theory, ed. Jon Elster and Aanund Hylland, 104-32. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.

EV, L.; BURNI, A. Entre a especificidade e a teorização: a metodologia do estudo de caso. Teoria & Sociedade, n. 22.2, julho - dezembro de 2014.

GARCIA, Leice. Análise do controle interno do Poder Executivo Federal brasileiro sob a perspectiva de Pierre Bourdieu: história social como possibilidade de compreensão da produção e reprodução de práticas dos agentes. 2011. 239 f. Tese (Doutorado em Administração). - Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011.

GERRING, John. 2004. What is a case study and what it is good for?, American Political Science Review, v. 98, n. 2: 341-354.

GERRING, John. 2007. Case study research. New York: Cambridge University Press.

KIWIET, Roderick; MCCUBBINS, Mathew. The Logic of Delegation. Chicago: University of Chicago Press, 1991.

KNIHT, Jack. Institutions and Social Conflict. Cambridge: Cambridge, University Press, 1992.

LEVY, Jack, S. 2008. Case Studies: Types, Designs and Logics of Inference. Conflict

Management and Peace Science, 25:1–18.

MAHONEY, James; THELEN, Katheen. Explaining institutional change: Ambiguity, Agency, and Power. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.

NASCIMENTO, Emerson Oliveira do. Os novos institucionalismos na ciência política contemporânea e o problema da integração teórica. Revista Brasileira de Ciência Política, n.1. Brasília, janeiro-junho de 2009, pp. 95-121.

O´DONNELL, Guillermo. Accountability horizontal e novas poliarquias. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, São Paulo, n. 44, p. 27-54, 1998. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0102-64451998000200003>. Acesso em: 20 de out. 2018.

O’DONNELL, Guillermo. Accountability horizontal: la institucionalización legal de la desconfianza política. PostData, Buenos Aires, p. 1-15, mayo 2001.

OLIVIERI, Cecília. A lógica política do controle interno: o monitoramento das políticas públicas no presidencialismo brasileiro. São Paulo: Annablume, 2010.

OLSON, Mancur. A Lógica da Ação Coletiva. São Paulo: EDUSP, 1999.

POWER, Timothy; TAYLOR, Matthew (Eds.). Corruption and democracy in Brazil: the struggle for accountability. Notre Dame: University of Notre Dame Press, Kellogg Institute Series, 2011.

STREECK, Wolfgang; KATHEEN, Thelen. “Introduction: Institutional Change in Advanced Political Economies.” In Beyond Continuity: Institutional change in Advanced Political Economies, ed. Wolfgang Streeck and Kathleen Thelen, 1–39. Oxford: Oxford University Press, 2005.

THELEN, Kathleen. Historical Institutionalism in Comparative Politics. Annual Review of Political Science, 1999, v. 2, p. 369–404.

VOIGT, Stefan. How (Not) to measure institutions. Journal of Institutional Economics, 2013, 9(1), p. 1 - 26.

Downloads

Publicado

12/30/2020

Edição

Seção

Controle Governamental, Prevenção e Combate da Corrupção

Como Citar

Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal: Mudanças e Agentes Políticos na Assembleia Nacional Constituinte de 1987. Revista da CGU, [S. l.], v. 12, n. 22, p. 210–227, 2020. DOI: 10.36428/revistadacgu.v12i22.169. Disponível em: https://revista.cgu.gov.br/Revista_da_CGU/article/view/169.. Acesso em: 1 maio. 2024.