Participação da sociedade em hackathons anticorrupção no Brasil

resultados sob a ótica das instituições

Autores

  • Antonio Augusto Braico Andrade Cefet-MG

DOI:

https://doi.org/10.36428/revistadacgu.v15i27.523

Palavras-chave:

Hackathons, Anticorrupção, Administração Pública, Participação da sociedade, Inovação Aberta

Resumo

Este estudo teve como objetivo verificar a opinião de promotores de maratonas de programação anticorrupção acerca dos resultados de eventos do gênero realizados no Brasil desde o ano 2000. Em 18 ações do tipo ocorridas no período, 58 projetos foram premiados, mas apenas dois estavam efetivamente disponíveis ao público e apresentavam dados atualizados em 2020. Assim, questionou-se aqui o que leva os organizadores dessas hackathons a continuar a realizá-las. Para tanto, foram realizadas duas frentes de pesquisa neste estudo. Com os dados obtidos, observou-se que os resultados tangíveis são sempre buscados pelos organizadores, ao contrário dos intangíveis. Contraditoriamente, são estes últimos os que mais têm trazido aprendizagem e crescimento (utilizando os eventos como estratégia de inovação, a partir da participação da sociedade nesse processo) para as instituições promotoras dos eventos em análise (sobretudo as públicas), ao passo que o combate à corrupção parece ficar em segundo plano, aparecendo como decorrência indireta da realização das maratonas de programação.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Agune, R., Carlos, J.A. (2019). Radar da Inovação: O que os governos precisam enxergar. In: Gregório, A. et. al. Inovação no Judiciário: Conceito, criação e práticas do primeiro laboratório de inovação do poder judiciário. São Paulo: Blucher.

Angarita, M.A., Nolte, A. (2020). What do we know about hackathon outcomes and how to support them? In: International Conference on Collaboration Technologies and Social Computing – CollabTech 2020: Collaboration Technologies and Social Computing.

Bauer, M. (2008). Classical Content Analysis: a Review. In; Bauer, M., Gaskell, G.(edi.). Qualitative Researching with text, image and sound. London: Sage Publications.

Braighi, A.A. (2020). Hackathons anticorrupção no Brasil. In: Anais do Intercom – 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.

Braighi, A.A. (2022). Ativismo contra a corrupção em hackathons no Brasil. In: Revista Fronteiras. No Prelo.

Brasil. Constituição. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico.

Briscoe, G., Mulligan, C. (2014). Digital Innovation: The Hackathon Phenomenon. In: Creative Works London. Paper 6. Londres: Queen Mary University of London.

Chêne, M. (2012). Use of Mobile Phones to Detect and Deter Corruption. In: U4 Expert-Answer. Bergen: Chr.Michelsen Institute.

Chesbrough, H.W. (2003). Open Innovation: The new imperative for creating and profiting from technology. Boston: Harvard Business School Press.

Dahlander, L., Gann, D.M. (2010). How open is innovation? 2016. In: Research Policy. v.39. I.6.

D'Ignazio, C., Hope, A., Metral, A., Brugh, W., Raymond, D., Michelson, B., Achituv, T., Zuckerman, E. (2016). Towards a feminist hackathon: the “make the breast pump not suck!”. In: The Journal of Peer Production. Issue 8.

Ferreira, G.D., Farias, J.S. (2017). Construção e validação da Escala de Motivação para a Participação de cidadãos em Citizen-sourcing (EMPC) utilizando casos de Hackathons. In: Anais do EnANPAD.

Filgueiras, F. (2008). Corrupção, democracia e Legitimidade. Belo Horizonte: UFMG.

Gonçalves, B.A. (2019). Estudo de caso sobre aspectos motivacionais em participantes de hackathons cívicos: uma análise sobre a continuidade das soluções desenvolvidas. Dissertação de mestrado. Pós-Graduação em Ciência da Computação-UFPE.

Inuwa, I., Kah, M., Ononiwu, C. (2019). Understanding How the Traditional and Information Technology AntiCorruption Strategies intertwine to Curb Public Sector Corruption: A Systematic Literature Review. In: Twenty-Third Pacific Asia Conference on Information Systems, China.

Klering, L.R., Andrade, J.A. (2006). Inovação na gestão pública: compreensão do conceito a partir da teoria e da prática. In: Jacobi, R., Pinho, J.A. Inovação no campo da gestão pública local. Rio de Janeiro: FGV.

Kukutschka, R.M.B. (2016). Technology against corruption: the potential of online corruption reporting apps and other platforms. In: U4 Expert-Answer. Bergen: Chr.Michelsen Institute.

Linders, D. (2012). From e-government to we-government: Defining a typology for citizen coproduction in the age of social media. In: Government Information Quarterly.

Nam, T. (2012). Suggesting frameworks of citizen-sourcing via Government 2.0. In: Government Information Quarterly, 29(1).

Oliveira, S. (2016). Gerações: encontros, desencontros e novas perspectivas. São Paulo: Integrare.

Zinnbauer, D. (2012). False Dawn, Window Dressing or Taking Integrity to the Next Level? Governments Using ICTs for Integrity and Accountability – Some Thoughts on an Emerging Research and Advocacy Agenda. In: SSRN.

Downloads

Publicado

07.07.2023

Edição

Seção

Ciência de Dados na Administração Pública: Desafios e Oportunidades (compl.)

Como Citar

Participação da sociedade em hackathons anticorrupção no Brasil: resultados sob a ótica das instituições. Revista da CGU, [S. l.], v. 15, n. 27, 2023. DOI: 10.36428/revistadacgu.v15i27.523. Disponível em: https://revista.cgu.gov.br/Revista_da_CGU/article/view/523. Acesso em: 30 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

1-10 de 215

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.