Alice: Desafios, resultados e perspectivas da ferramenta de auditoria contínua de compras públicas governamentais com uso de inteligência artificial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36428/revistadacgu.v14i26.530

Palavras-chave:

Automação robótica de processos, Auditoria Contínua, Alice, Compras públicas, alertas

Resumo

As compras governamentais são realizadas para implementar políticas e prestar serviços públicos de forma satisfatória à sociedade. As compras realizadas pelo Governo Federal Brasileiro correspondem a  1,5% do Produto Interno Bruto nacional em média (R$ 119 bilhões em 2021). Além do grande volume de recursos, o processo de compras públicas é percebido como muito vulnerável a fraudes (OECD, 2018). Considerando a relevância, os valores e os riscos envolvidos a Controladoria-Geral da União criou a Analisadora de Licitações, Contratos e Editais (Alice) com o objetivo agregar valor à gestão pública com uma atuação preventiva e tempestiva em relação às compras públicas. O sistema coleta diariamente, de forma automática, informações sobre os processos em curso nas principais plataformas de compras públicas do Governo Federal, avalia um conjunto de riscos e emite alertas para direcionar a atenção dos auditores e dos gestores envolvidos a situações que fogem ao padrão referencial. É, portanto, uma ferramenta de Auditoria Contínua, com funcionamento de automação robótica de processos, que emite alertas sobre possíveis problemas em compras públicas. A Alice acumula resultados positivos cotidianamente. Já são mais de R$ 9,7 bilhões em compras suspensas a partir de suas indicações, apenas pela CGU. No caminho até o alcance desses resultados a CGU vivenciou grandes desafios descritos nesse relato. O ponto crucial para o sucesso da ferramenta foi a integração de seus resultados ao processo de trabalho ordinário da Casa, com forte patrocínio da alta administração. A ferramenta agora evolui para adição de mais funcionalidades que usam técnicas de inteligência artificial e para a agregação de novas bases de dados.

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Biografia do Autor

  • Andre Luiz Monteiro da Rocha

    André Luiz Monteiro da Rocha, Engenheiro de Computação, pela Universidade Católica Dom Bosco. Pós-graduando em Prevenção e Combate a Desvios de Recursos Públicos, pela Universidade Federal de Lavras (em conclusão). Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União desde 2006. Atuou como Coordenador-Geral de Auditoria de Tecnologia da Informação da CGU, entre 2018 e 2020, e como Coordenador-Geral de Inteligência de Dados em 2021, em Brasilia-DF. Atualmente exerce suas atribuições no Núcleo de Ações Especiais da CGU-Regional Mato Grosso do Sul.

  • Matheus Scatolino de Rezende

    Matheus Scatolino de Rezende é Auditor Federal de Finanças e Controle desde 2012. Especialista em Ciência de Dados aplicada a Políticas Públicas pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). Bacharel em Ciência da Computação pela PUC Minas e Administração pela UFMG. Certificado em Auditoria de Sistemas da Informação (CISA-ISACA) e em Gestão de Riscos (C31000). Atualmente é Chefe de Divisão da Coordenação-Geral de Auditoria de Tecnologia da Informação (CGATI) da SFC/CGU, tendo atuado como Coordenador-Geral da CGATI no período entre 2020 e 2022.

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Publicado

20.12.2022

Edição

Seção

Ciência de Dados na Administração Pública: Desafios e Oportunidades

Como Citar

Alice: Desafios, resultados e perspectivas da ferramenta de auditoria contínua de compras públicas governamentais com uso de inteligência artificial. Revista da CGU, [S. l.], v. 14, n. 26, 2022. DOI: 10.36428/revistadacgu.v14i26.530. Disponível em: https://revista.cgu.gov.br/Revista_da_CGU/article/view/530. Acesso em: 25 dez. 2024.

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