Participação da sociedade em hackathons anticorrupção no Brasil

resultados sob a ótica das instituições

Autores

  • Antonio Augusto Braico Andrade Cefet-MG

DOI:

https://doi.org/10.36428/revistadacgu.v15i27.523

Palavras-chave:

Hackathons, Anticorrupção, Administração Pública, Participação da sociedade, Inovação Aberta

Resumo

Este estudo teve como objetivo verificar a opinião de promotores de maratonas de programação anticorrupção acerca dos resultados de eventos do gênero realizados no Brasil desde o ano 2000. Em 18 ações do tipo ocorridas no período, 58 projetos foram premiados, mas apenas dois estavam efetivamente disponíveis ao público e apresentavam dados atualizados em 2020. Assim, questionou-se aqui o que leva os organizadores dessas hackathons a continuar a realizá-las. Para tanto, foram realizadas duas frentes de pesquisa neste estudo. Com os dados obtidos, observou-se que os resultados tangíveis são sempre buscados pelos organizadores, ao contrário dos intangíveis. Contraditoriamente, são estes últimos os que mais têm trazido aprendizagem e crescimento (utilizando os eventos como estratégia de inovação, a partir da participação da sociedade nesse processo) para as instituições promotoras dos eventos em análise (sobretudo as públicas), ao passo que o combate à corrupção parece ficar em segundo plano, aparecendo como decorrência indireta da realização das maratonas de programação.

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Publicado

07.07.2023

Edição

Seção

Ciência de Dados na Administração Pública: Desafios e Oportunidades (compl.)

Como Citar

Participação da sociedade em hackathons anticorrupção no Brasil: resultados sob a ótica das instituições. Revista da CGU, [S. l.], v. 15, n. 27, 2023. DOI: 10.36428/revistadacgu.v15i27.523. Disponível em: https://revista.cgu.gov.br/Revista_da_CGU/article/view/523. Acesso em: 21 dez. 2024.

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