Auditoria interna governamental: uma revisão rápida das alterações na forma de atuação a partir da publicação da IN SFC nº 3/2017

Autores

  • Patricia Alvares de Azevedo Oliveira Escola Nacional de Administração Pública - ENAP, Ministério do Planejamento e Orçamento - MPO
  • Fernanda Guedes Araujo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), Ministério da Educação (MEC)
  • Gabriela de Oliveira Silva Escola Nacional de Administração Pública, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

DOI:

https://doi.org/10.36428/revistadacgu.v15i28.659

Palavras-chave:

Auditoria Interna, Controle interno, IN SFC nº 3/2017

Resumo

Decorridos quase seis anos após a publicação do Referencial Técnico da Atividade de Auditoria Interna Governamental do Poder Executivo Federal, esta revisão rápida visa avaliar as evidências das alterações na forma de atuação das unidades de auditoria interna governamental com a publicação da Instrução Normativa SFC nº 3/2017. Por meio de busca sistematizada no Portal de Periódicos CAPES, foram selecionados estudos contendo análise da forma de atuação da auditoria interna governamental em organizações públicas federais antes e após a publicação do Referencial Técnico (2012 a fevereiro de 2023). Foram identificadas 381 publicações nas bases de dados. Após a remoção das publicações duplicadas, 319 foram avaliadas em relação ao título e resumo para verificar se atendiam aos critérios de inclusão. Nessa primeira triagem, 286 registros foram excluídos. Os 33 remanescentes foram avaliados em sua íntegra, selecionando-se 10 que atendiam aos critérios de elegibilidade e forneceram elementos para análise da abrangência, planejamento, execução e comunicação das unidades de auditoria interna governamental. Os resultados mostram um alinhamento da atuação das unidades de auditoria interna enquanto terceira linha de defesa, em consonância com o que preconiza o Referencial Teórico, mesmo para os estudos que se referiram a período anterior à publicação da IN. Quando à operacionalização das atividades de auditoria interna, os estudos demonstram uma qualificação da etapa de planejamento após a publicação do normativo, não tendo sido verificada melhoria significativa nas etapas de execução e comunicação. Considerando a ausência de artigos sobre a atuação dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal após a publicação da IN, a condução de novos estudos é recomendada, para compreender de que forma o Referencial modificou a forma de atuação desses órgãos.

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Biografia do Autor

  • Patricia Alvares de Azevedo Oliveira, Escola Nacional de Administração Pública - ENAP, Ministério do Planejamento e Orçamento - MPO

    Auditora Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU) desde 2008, graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), possui Especialização em Educação a Distância pela Universidade Católica de Brasília (UCB) e é Mestre em Governança e Desenvolvimento pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). Foi Chefe de Gabinete da Secretaria Federal de Controle Interno de 2015 a 2016, Assessora Técnica da Secretaria-Executiva da CGU de 2017 a 2018, Assessora Especial de Controle Interno do Ministério da Cultura em 2018, Auditora Chefe no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de 2019 a 2023. Atualmente exerce o cargo de Chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do Ministério do Planejamento e Orçamento. Possui certificação em Auditoria Governamental pelo Instituto dos Auditores Internos (CGAP) desde 2018.

  • Fernanda Guedes Araujo, Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), Ministério da Educação (MEC)

    Mestre em Gestão Estratégica de Organizações pelo IESB, Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Especialista em Gestão Pública pela UNIDERP. Analista Administrativo no ICMBio, exerceu a função de Chefe da Divisão de Processos de Auditoria na Auditoria Interna/ICMBio e atualmente atua como Coordenadora na Assessoria Especial de Controle Interno do Ministério da Educação (MEC)

  • Gabriela de Oliveira Silva, Escola Nacional de Administração Pública, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

    Farmacêutica na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Doutoranda em Políticas Públicas pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Mestra em Políticas Públicas em Saúde pela Escola Fiocruz de Governo (2017), Especialista em Vigilância Sanitária pela PUC-GO (2016), graduada em Farmácia (2010) com Habilitação em Indústria pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011).

Referências

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Publicado

09/27/2023

Edição

Seção

Auditoria Interna Governamental: Análise, Discussão e Persp. no Espaço Lusófono

Como Citar

Auditoria interna governamental: uma revisão rápida das alterações na forma de atuação a partir da publicação da IN SFC nº 3/2017. Revista da CGU, [S. l.], v. 15, n. 28, 2023. DOI: 10.36428/revistadacgu.v15i28.659. Disponível em: https://revista.cgu.gov.br/Revista_da_CGU/article/view/659.. Acesso em: 27 abr. 2024.

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